Pai no parto, para que te quero?
Pai no Parto, para que te quero?
Durante décadas o parto foi um evento exclusivamente feminino, doméstico e fisiológico mas os tempos foram mudando. Atualmente o parto ocorre maioritariamente em meio hospitalar, o que em tempos, levou ao afastamento da família mas Lei n.º 110/2019 de 9 de setembro veio recuperar parte do que foi perdido, permitindo “o acompanhamento até três pessoas por si indicadas, em sistema de alternância, não podendo permanecer em simultâneo mais do que uma pessoa junto da utente.”. Sim a grávida pode ou podia ter até três acompanhantes, mas como vivemos em tempos de COVID-19 a segurança de todos os intervenientes e demais prevalece.
Num ponto concordamos todos, a grávida merece, deve, e é recomendado que tenha junto de si uma pessoa significativa para a acompanhar em todas as fases do trabalho de parto, dito pela OMS e finalmente reconhecido pela DGS, orientação 018/2020 de 30 de março de 2020 “As unidades hospitalares devem procurar assegurar as condições necessárias para permitir a presença de um acompanhante durante o parto.”
E a questão coloca-se, quem deve acompanhar? O parto é um momento mágico, único, e habitualmente existem sempre algumas pessoas ansiosas por tomar este lugar. Pois bem, não querendo desapontar alguém, essa escolha compete exclusivamente à grávida. O parto é um momento de intimidade, de abertura… o que nem sempre se alcança com amigas, cunhadas, sogras ou até mães, ou talvez sim? Essa escolha cabe à grávida e por muito amor que ela possa nutrir pela família e amigas, existem emoções que não se ligam e desligam de forma consciente.
Mas afinal, pai, para que te quero? Bem, a grávida tem a tendência para escolher o pai neste momento. Os dois desenharam o seu bebé num momento de intimidade e abertura. O pai tem o poder de criar certas magias no parto, para além do apoio físico e emocional, pela proximidade, intimidade, confiança e convivência com a grávida, e pode até ser a epidural natural para aliviar o desconforto do trabalho de parto.
Por outro lado, esta tendência das grávidas e profissionais de saúde de empurrar o pai para este momento, sem que deseje verdadeiramente pode gerar ou potenciar emoções desafiantes como frustração, impotência, medo… Assim há que falar sobre o assunto atempadamente e caso seja desejo do pai, para prevenir tais emoções, é importante que este se prepare para o parto. Esta preparação permite interiorizar o seu papel, perceber de que forma pode ter um papel ativo, adquirir conhecimento para diminuir a presença destas emoções e aprender a fazer as suas magias com o seu ingrediente especial, amor.
Caso tenhas interesse poderá ser interessante fazeres em casal o nosso curso digital de preparação para o parto.
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