Muitas mães questionam-me sobre o que levar para a maternidade.

No meio de tanto conhecimento que quero passar, por vezes esqueço-me. Como não falar sobre o que levar, é essencial, mas há que descomplicar. O medo de errar, de fazer más escolhas, de faltar alguma coisa toma-nos e afasta-nos daquilo que é importante garantir ao bebé assim que ele chega a este mundo. Por isso, digo-te o que podes levar na mala para o teu bebé.

Coloca nessa mala a mãe que já nasceu em ti. A mãe que se aceita tal como é, que sabe que errar faz parte do processo, que não sabe tudo mas sabe mais do que qualquer outra pessoa quando toca nas necessidades do seu filho. Tu podes descobrir essa mulher em ti, acolhe esse medo e solta-o. Solta os palpites e ouve-te, ouve-o porque ele fala contigo nos seus dialetos.
Confia em ti! Sabes qual era a maior queixa que ouvia das mães na maternidade? “Enfermeira, cada colega seu que aqui chega diz uma coisa diferente”.

Quando te colocas nessa mala, o bebé tem um colo para onde ir, uma extensão do útero. Nesse colo ele aquece, aconchega, ouve o teu coração, é embalado pela tua respiração, tem comida bem perto, tão parecido com a sua casa anterior.
Agora vai passar por novos desafios e é nesse colo que ele lida com a fome, sede, frio, medo, dor, saudade… Nesse colo o teu bebé fica bem perto do teu coração, um poderoso orgão inteligente, com uma rede neuronal e com um campo eletromagnético 4 mil vezes superior ao cérebro. Quando te permites a libertar do que não é importante e te entregas em presença ao teu bebé, esse coração fala, acedes a uma tecnologia humana que se chama intuição, o 6º sentido, que no teu caso, foi aprimorado ao longo da gravidez.

Sabes quantas mães pude observar a chegarem à maternidade com tudo? Bastantes. Mas nesse tudo havia pouco. Quantas mães ajudei a amamentarem os seus bebés e durante o processo atendiam as chamadas desviando o olhar e a atenção dos seus filhos, quantos bebés que passaram a maior parte do tempo dentro de um berço frio…

Sabes quantas mães pude observar a chegarem à maternidade sem nada material? Bastantes também. Mas nesse nada estava tudo! O amor e a presença faziam parte.
A minha maternidade passou por estas duas versões de mãe e sabes em qual eu e os meus filhos ganharam mais? Tu sabes. E sabes? Quando eu me ligo em amor e presença não estou só a dar aos meus filhos, estou a dar a mim também, sinto mais energia, harmonia e isso traduz saúde.

Imprime este artigo, leva-o contigo nessa mala e volta a lê-lo quando acreditares que te esqueceste de algo nessa mala.

Caso tenhas interesse neste tema penso que a nossa aula de cuidados ao recém-nascido possa ser do teu interesse!

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